Marcelo Roberto Pereira Shei (2008) Reprodução, desenvolvimento embrionário e larvicultura do “neon goby” Elacatinus figaro em laboratório

Reprodução, desenvolvimento embrionário e larvicultura do “neon goby” Elacatinus figaro em laboratório

Autor: Marcelo Roberto Pereira Shei (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Luís André Nassr de Sampaio
Co-orientador: Dr. Kleber Campos Miranda-Filho

Resumo

O “neon goby” Elacatinus figaro é endêmico da costa brasileira e foi uma das espécies mais importantes no comércio de peixes ornamentais marinhos do país. Atualmente, encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção e resguardadas do extrativismo. Este trabalho teve como intuito descrever a reprodução, o desenvolvimento embrionário e a larvicultura do “neon goby” em laboratório. As primeiras desovas naturais foram observadas a partir do 24° dia após a formação dos casais, sendo o intervalo entre as desovas de 8 a 10 dias a 26°C. A fecundidade variou de 430 a 1.020 ovos por desova com média de 648 ± 183 ovos (média ±desvio padrão1, com taxa de eclosão média de 69 ± 16% Os ovos são elípticos, medem 1,81 ±0,1 mm de comprimentoe 0,61 ± 0,03 mm de diâmetro, eles apresentam filamentos adesivos na parte basal e contêm cinco protuberâncias na parte distal. O tempo para eclosão das larvas é de 7 a 8 dias. As larvas recém eclodidas medem 3,15 ± 0,07 mm, apresentam fototaxia positiva, olhos pigmentados, boca aberta e vesícula gasosa inflada. As larvas foram alimentadas com rotíferos Brachionus plicatilis em sistema de água verde com a microalga Nannochloropsis oculata do 1° ao 20° dia após a eclosão. Náuplios de Artemia foram oferecidos a partir do 15 ° dia em conjunto com rotíferos e, exclusivamente, a partir do 20° dia. O assentamento ocorreu a partir do 28° dia, quando as larvas do “neon goby” atingiram comprimento de 8,50 ± 0,18 mm com sobrevivência entre 2 e 20%.

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