Efeito da frequência alimentar na fase de berçário do cultivo superintensivo do camarão branco Litopenaeus vannamei em sistema de bioflocos
Autor: Aline da Costa Bezerra (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Dariano Krummenauer
Co-orientador: Dr Wilson Francisco Britto Wasielesky Junior
Resumo
Atualmente com a intensificação dos sistemas aquícolas, o sistema de bioflocos surge como uma alternativa sustentável para suprir a demanda de camarão o mercado. Sistema este que é baseado em cultivos com altas densidades de estocagem e menores áreas para o cultivo. Dentro desse contexto, a frequência alimentar é uma ferramenta de manejo de extrema importância, pois os maiores gastos na produção de camarões são provenientes do arraçoamento. O presente estudo foi realizado na Estação Marinha de Aquacultura, IO-FURG e avaliou diferentes frequências de alimentação na fase de berçário no sistema de bioflocos: T1 (1 alimentação/dia); T3 (3 alimentações/dia) e T6 (6 alimentações/dia), ambos com três repetições. Em uma estufa com nove tanques de 35 m2 72 foram estocadas pós-larvas de Litopenaeus vannamei com peso médio de 0,033g, na densidade de estocagem de 2000 camarões m-273 . Foram monitorados parâmetros de qualidade de água, desempenho zootécnico, microorganismos e análises histológicas dos camarões. O experimento teve duração de 40 dias. Os dados de qualidade da água, peso final (0,90; 1,03; 1,04g), sobrevivência (91; 80; 78%) e CAA (1,46; 1,23; 1,43) não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos (p>0,05). Os resultados obtidos mostram que é possível reduzir a frequência alimentar na fase de berçário, pois o seu aumento não altera a qualidade da água e não afeta o desempenho zootécnico dos camarões cultivados.