Adriana de Souza Abreu (2017) Recuperação das proteínas presentes em subprodutos do camarão branco Litopenaeus vannamei utilizando processo de variação de pH

Recuperação das proteínas presentes em subprodutos do camarão branco Litopenaeus vannamei utilizando processo de variação de pH

Autor: Adriana de Souza Abreu  (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Carlos Prentice Hernández

Resumo

O processamento de pescado, em geral, acarreta quantidades de 50 a 60 % de subprodutos como exoesqueleto e cefalotórax do camarão, que contêm proteínas, lipídios, carboidratos e carotenóides que não são aproveitados pelas indústrias de alimentos. A proteína recuperada dos subprodutos tem sido investigada nos últimos anos, por ofertar alimentos mais nutritivos e com propriedades funcionais melhoradas. O objetivo do presente estudo foi o uso do processo de variação de pH para recuperar as proteínas a partir da solubilização e precipitação no ponto isoelétrico das mesmas e que estão presentes nos subprodutos (cabeça e casca) de camarão branco (Litopenaeus vannamei) proveniente de cultivo utilizando a tecnologia de Bioflocos (BFT) e sua posterior inclusão em um produto alimentício do tipo salsicha. A composição proximal dos subprodutos apresentou 58,45% de proteína (b.s). Foi investigado o ponto de precipitação da proteína que resultou em pH 4 com solubilização proteica de 24%. O concentrado proteico apresentou 73,60% de proteína (b.s). O rendimento da massa do concentrado proteico obteve resultando de 47,8 % (b.u). Por outro lado, ao analisar a funcionalidade, a maior solubilidade encontrada do concentrado proteico foi a pH 2 resultando em 34,6% e em pH 8 com 51,3%. A capacidade de retenção de óleo e água resultaram em valores de 8,5 e 2,5 mL/g de proteína, respectivamente; a maior capacidade emulsificante foi encontrada no pH 8. O perfil aminoacidico dos subprodutos e do concentrado confirmou presença de dezesseis aminoácidos, dos quais seis são considerados aminoácidos essenciais. A composição proximal nas diferentes formulações da salsicha foi: controle (6 % gordura); F1: 4% de gordura (toucinho suíno) 2 % de concentrado proteico de camarão (CPC); F2: 5 % de gordura 1 % de CPC. A quantidade de proteína na amostra F1 foi maior do que na salsicha comercial em (b.u). Nos lipídios houve diferença estatística (p≤ 0,05) entre as amostras controle e F1. Os valores de cinza obtiveram diferenças para as amostras F1 e F2. Para firmeza as salsichas F1 e F2 foram semelhantes à salsicha comercial. O valor de L* foi maior na salsicha controle, os valores de *a foram maiores na salsicha comercial e *b obteve maior valor na salsicha F1. Em geral, o concentrado proteico do camarão mostrou potencial para ser incluído como ingrediente em formulações alimentícias.

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