Gabriel Bernardes Martins (2012) Mecanismos osmorregulatórios em juvenis do linguado Paralichthys orbignyanus submetidos a choque hiposmótico

Mecanismos osmorregulatórios em juvenis do linguado Paralichthys orbignyanus submetidos a choque hiposmótico

Autor: Gabriel Bernardes Martins  (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Ricardo Berteaux Robaldo
Co-orientador: Dr Luís André Nassr de Sampaio

Resumo

Mudanças ao longo de 72 h em diferentes parâmetros osmorregulatórios de linguado Paralichthys orbignyanus submetidos a choque hiposmótico foram avaliados. Um total de 132 juvenis de linguado foram distribuídos em 22 tanques, ajustados de acordo com a salinidade apropriada ao tratamento experimental (30‰ para o controle e 0‰ para o choque osmótico). Para as análises bioquímicas e histológicas, foram coletadas amostras de sangue, brânquias, rim e cérebro, nos tempos 0, 2, 6, 12, 24 e 72 h. Uma rápida redução na osmolalidade e nos íons Na+, Cl-, Ca2+ e Mg2+ pode ser observada imediatamente após o choque hiposmótico, sem que houvesse restauração dos seus níveis iniciais até o final do experimento. A densidade de células de cloreto não foi alterada pelo tratamento. Entretanto, a área glomerular apresentou significativo aumento após duas horas de choque osmótico, evidenciando o papel do rim no aumento da taxa de filtração glomerular para compensar influxo osmótico de água. Não pode ser verificada uma relação entre cortisol e osmo e ionoregulação. A anidrase carbônica (AC) demonstrou aumento de até duas vezes em sua atividade, para o grupo choque osmótico, demonstrando sua relação com os trocadores Na+/H+ e Cl-/HCO3. Ainda, as N+K+/ATPases (NKA) branquial e cerebral demonstraram aumento em suas atividades após o choque osmótico, demonstrando a sua resposta positiva em meios hiposmóticos. Durante as 72 h iniciais, o linguado tem como principais mecanismos osmorregulatórios o aumento da área glomerular renal e aumento atividade das enzimas AC e NKA branquial e cerebral.

TEXTO COMPLETO