Flávia Weber Marin (2018) Efeitos do sulfato de cobre no estresse oxidativo e na histologia branquial em juvenis de peixe palhaço Amphiprion percula

Efeitos do sulfato de cobre no estresse oxidativo e na histologia branquial em juvenis de peixe palhaço Amphiprion percula

Autor: Flávia Weber Marin (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Ricardo Vieira Rodrigues

Resumo

O peixe palhaço Amphiprion percula apresenta grande importância econômica devido ao seu alto valor agregado. Na aquicultura, o sulfato de cobre (CuSO4) é utilizado para controle de ectoparasitas em sistemas de produção de peixes, como algicida e herbecida em viveiros. Este trabalho teve como objetivo verificar os efeitos subletais da exposição a concentrações de CuSO4 utilizadas para tratamento de ectoparasitas, e posterior recuperação em juvenis de peixe palhaço A. percula. No experimento I os peixes foram expostos durante 7 dias a três tratamentos: controle, sem adição de CuSO4, 0,5 e 1,5 mg/L de CuSO4, seguidos de mais 7 dias de recuperação, em água sem adição de sulfato de cobre. No experimento II os peixes foram expostos durante 14 dias nas mesmas concentrações do experimento I. Em ambos os experimentos os tratamentos foram realizados em triplicata e foram utilizados 16 juvenis por tanque (15L). Foram realizadas coletas nos dias 7 e 14 em ambos experimentos, para a realização das análises bioquímicas de peroxidação lipídica (TBARS), capacidade antioxidante total contra radicais peroxil (ACAP) e atividade da enzima Glutationa–S–Transferase (GST), e análises histopatológicas nas brânquias. No experimento I foi demonstrada apenas uma redução na ACAP dos peixes submetidos inteiros ao tratamento 0,5mg/L de CuSO4 quando comparados aos tratamentos controle e 1,5mg/L de CuSO4 após o periodo de recuperação. As histopatologias encontradas foram telangiectasia, fusão lamelar e fusão lamelar parcial, sendo que a fusão lamelar apresentou menor ocorrência no tratamento 1,5mg/L de CuSO4 em relação aos demais ao final da recuperação. No experimento II, a atividade da enzima GST foi menor no tratamento 1,5mg/L de CuSO4 em relação ao grupo controle e ao tratamento 0,5mg/L de CuSO4. As histopatologias encontradas foram telangiectasia, hiperplasia, hiperplasia de células de cloreto, hiperplasia parcial, fusão lamelar parcial e fusão lamelar completa, sem apresentar diferenças significativas entre os tratamentos. Portanto, as concentrações de 0,5mg/L de CuSO4 e 1,5mg/L de CuSO4 não induziram alterações histopatológicas ou uma condição de estresse oxidativo, e portanto, são seguras para o peixe palhaço A. percula.

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