Adição de cloreto de sódio na água e seus efeitos na toxicidade da amônia na criação de juvenis de Piaractus mesopotamicus HOLMBERG, 1887.Autora: Thalline Santos Diniz (Currículo Lattes)
Orientador: Dr. Luciano de Oliveira Garcia
Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação entre o efeito tóxico da amônia não ionizada (NH3) com o cloreto de sódio (NaCl) em juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus) e suas influências nos parâmetros hematológicos e de desempenho zootécnico. Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizados 180 juvenis de pacu (18,15 ± 0,22 g) os quais foram distribuídos aleatoriamente em 12 tanques de 80 L (60L volume útil) de água (15 peixes tanque-1) com aeração constante em um sistema fechado (três caixas /tratamento) durante 45 dias. Durante o período experimental os animais foram expostos a 4 tratamentos, sendo eles: T1: Salinidade (6); T2: Amônia (1,0 mg NH3 L-1) T3: Salinidade (6) mais Amônia (1,0 mg NH3 L-1) e T4: Controle (salinidade 0; ~0 mg NH3 L-1). Ao final do experimento, foi realizada a biometria final (n =36 animais por tratamento) para verificar o desempenho zootécnico dos animais. Em seguida, foram realizadas coletas de sangue para determinação da glicose, hematócrito, hemoglobina, pH, contagem de eritrócitos e índices hematimétricos (VCM - Volume corpuscular médio, HCM – Hemoglobina corpuscular média e CHVM – Concentração de hemoglobina corpuscular média). Os resultados demonstram que houve efeito sobre os parâmetros zootécnicos e sobre os parâmetros hematológicos. De acordo com os resultados obtidos foi possível concluir que o pacu é uma espécie tolerante a variação de amônia, visto que não houve nenhuma mortalidade e que embora a salinidade aumente a tolerância dos peixes a exposição de amônia, ela não foi capaz de evitar os danos tóxicos causados pela amônia sobre os parâmetros zootécnicos e hematológicos.