Desenvolvimento de vacina contra Amyloodinium ocellatum e Imunização de tainha Mugil liza Autora: Luana Bortolini Giesta (Currículo Lattes)
Orientador: Dr. Luis Alberto Romano
Resumo
A tainha Mugil liza é a principal espécie da família Mugilidae para a pesca comercial ao longo da costa brasileira. Atualmente sua população está em declínio devido à sobre exploração dos estoques naturais. A aquicultura surge como uma alternativa para reduzir a pressão sobre essas populações selvagens. Nesse contexto, diversos estudos têm sido realizados para viabilizar a produção de M. liza em cativeiro. Entre as principais doenças que afetam a produção em sistemas de produção de peixes marinhos, destaca-se a amiloodiniose, provocada pelo dinoflagelado Amyloodinium ocellatum, parasita responsável por infecções que elevam as taxas de mortalidade nos peixes. O ciclo de vida trifásico do parasita dificulta seu controle efetivo e a prevenção da enfermidade. A imunização dos peixes contra o parasita se mostra um caminho para a prevenção da amilodiniose. O objetivo do presente estudo foi desenvolver uma vacina contra A. ocellatum para a tainha M. liza. A vacina foi administrada via intraperitoneal e os peixes foram posteriormente expostos a um desafio com tomontes de A. ocellatum. Os resultados mostraram uma taxa de sobrevivência significativamente maior nos peixes vacinados, com 97,73% de sobrevivência no tratamento vacinal, em comparação a apenas 20% no grupo controle. A histopatologia mostrou que as brânquias dos peixes vacinados apresentaram morfologia normal, enquanto os peixes do grupo controle exibiram alterações histopatológicas de hiperplasia moderada a severa nas lamelas proximais e distais, ruptura de células pilares e necrose. Esses resultados indicam que a vacinação com tomontes de Amyloodinium ocellatum tratados por sonicação e congelamento, foi eficaz em induzir uma alta taxa de sobrevivência nos peixes, sugerindo seu potencial para uso na imunização de M. liza contra a amilooodiniose.