Andréa Ferreto da Rocha (2006) Avaliação do potencial de criação de juvenis de tainha Mugil cf hospes e Mugil liza em sistema de bioflocos

Avaliação do potencial de criação de juvenis de tainha Mugil cf hospes e Mugil liza em sistema de bioflocos

Autor: Andréa Ferreto da Rocha (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Marcelo Borges Tesser
Co-orientador: Dr Wilson Francisco Britto Wasielesky Junior

Resumo

O uso de dietas secas na larvicultura de peixes marinhos ainda é um desafio, sendo o período do “weaning” uma etapa crítica da produção. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do estádio de desenvolvimento em que juvenis de Paralichthys orbignyanus passaram a comer ração sobre sua sobrevivência e crescimento. Foram testadas três idades que correspondiam aos períodos pré (D23), durante (D26) e pós (D29) assentamento das larvas, após um período de co-alimentação de cinco dias, quando as larvas receberam náuplios de Artemia e ração (INVE, 58% de proteína, 150- 300 μm). Um grupo controle permaneceu alimentado com náuplios de Artemia. Os tratamentos foram feitos com quatro repetições com 200 indivíduos em cada tanque. Os tanques permaneceram em banho termostatizado (25,5±0,5oC), com salinidade entre 30 e 34‰ e 24 horas de luz. Aos 40 dias de vida, a sobrevivência foi afetada significativamente pelos tratamentos. A sobrevivência dos juvenis do tratamento D29 (54±13%) foi igual à sobrevivência dos tratamentos D26 (35±17) e D23 (39±14), e ao grupo controle (82±15%), que foi diferente dos demais. Os juvenis do grupo controle foram significativamente maiores em peso e comprimento (70±30mg e 18±3mm) que os juvenis dos demais tratamentos. Apesar da maior sobrevivência e crescimento dos linguados alimentados com Artemia, foi demonstrado que as larvas de P. orbignyanus aceitam o alimento inerte antes do assentamento, entre 18 e 23 dae. Entre os grupos que efetivaram o “weaning”, os melhores resultados foram encontrados nos indivíduos que iniciaram o “weaning” após o assentamento.

 

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