Paula Martins Beck (2012) Efeito da alcalinidade da água sobre a tolerância de juvenis do pampo Trachinotus marginatus ao ambiente hipoosmótico

Efeito da alcalinidade da água sobre a tolerância de juvenis do pampo Trachinotus marginatus ao ambiente hipoosmótico

Autor: Paula Martins Beck (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Luís André Nassr de Sampaio

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da redução da salinidade com e sem reposição da alcalinidade sobre a sobrevivência, a atividade das enzimas Na+ K+ ATPase (NKA) e anidrase carbônica e histopatologia branquial em juvenis do pampo Trachinotus marginatus. Os peixes do controle foram mantidos na salinidade 34‰, enquanto outros dois grupos de peixes (todos com quatro repetições) tiveram sua salinidade reduzida diariamente com ou sem reposição da alcalinidade até a salinidade atingir 0‰ (34 - 22 - 12 – 5 - 2,5 - 1 - 0‰). Os animais que não tiveram reposição da alcalinidade começaram a morrer a partir do 4o dia, quando a salinidade atingiu 5‰, enquanto nos pampos em que houve reposição da alcalinidade começaram a morrer a partir do 6° dia, na salinidade 1‰. O tempo letal médio foi de 5,3 e 6,5 dias, respectivamente para os peixes sem e com reposição da alcalinidade. Foi observada hiperplasia do epitélio branquial e hipertrofia e hiperplasia das células de cloreto após a redução da salinidade. A quantidade de células de cloreto nos peixes do controle foi menor que dos tratamentos com e sem reposição de alcalinidade em ambiente hiposmótico. Já para as enzimas analisadas, a atividade da NKA foi aumentada quando houve redução da salinidade para 2,5‰, sendo maior no tratamento sem reposição da alcalinidade. Também houve aumento da atividade da anidrase carbônica, quando houve redução da salinidade para 2,5‰, mas sem diferença em função da alcalinidade. Os resultados desse estudo mostram que a reposição da alcalinidade aumenta a tolerância do pampo à baixa salinidade.

 

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