Efeito da alcalinidade em juvenis do bijupirá Rachycentron canadum criados em baixa salinidade
Autor: Bianca Azevedo Lopez (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Luís André Nassr de Sampaio
Co-orientador: Dr Ricardo Vieira Rodrigues
Resumo
O bijupirá tem ganhado popularidade como um excelente candidato para maricultura devido ao seu rápido crescimento e a sua qualidade de carne. No presente estudo, foi estudada a performance dos juvenis de bijupirá criados em baixa salinidade (3 e 6) com e sem a correção da alcalinidade (50 e 200 mg de CaCO3/L) em sistema de recirculação de água, mais um tratamento controle (salinidade 30, e alcalinidade 200 mg de CaCO3/L), totalizando cinco tratamentos. A sobrevivência foi de 100% em todos os tratamentos, mas os parâmetros de crescimento (peso final, ganho de peso, SRG e consumo de ração) foram negativamente afetados (P<0,05) pela redução da salinidade, quando comparadas com o tratamento controle. Entretanto, a alcalinidade parece afetar o ganho de peso e a taxa de crescimento específico apenas dos peixes mantidos em salinidade 3. A osmolalidade plasmática decresceu com o decréscimo da salinidade, mas apenas o controle apresentou diferença significativa (P<0,05) com os demais tratamentos. O conteúdo de proteínas e lipídeos do músculo foi reduzido nos tratamentos da salinidade 3, sem apresentar uma relação com a alcalinidade. A composição iônica da água e do plasma tem relação direta com a salinidade. Os resultados sugerem que R. canadum possui uma boa capacidade eurialina, podendo ser criados por 6 semanas sem que haja mortalidade em baixas salinidades (6 e 3). Entretanto, em salinidade 3 a manutenção do pH adequado, proporcionado pela alta alcalinidade, tem um efeito benéfico aos peixes, melhorando o ganho de peso e a taxa de crescimento específico.