Átila Clivea da Silva Martins (2015) Respostas antioxidantes e dano oxidativo no camarão Litopenaeus vannamei: Efeitos da suplementação com antioxidante e uso de tecnologia de bioflocos

Respostas antioxidantes e dano oxidativo no camarão Litopenaeus vannamei: Efeitos da suplementação com antioxidante e uso de tecnologia de bioflocos

Autor: Átila Clivea da Silva Martins (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Jose Maria Monserrat
Co-orientador: Dr Wilson Francisco Britto Wasielesky Junior

Resumo

Em aquicultura o aumento da intensificação está diretamente ligado a aplicação de novas tecnologias que aumente o volume de produção ao mesmo tempo que causa o mínimo de impacto ao meio ambiente que circunda a produção. Deste modo a tecnologia de biofloco desponta como método no qual o tratamento de qualidade de água é efetuado dentro do tanque de criação de modo que organismos fotoautotrofico (microalgas), autotróficos (bactéria nitrificante) e heterotróficos (bactéria heterotrófica) reciclam compostos nitrogenados que podem vir a ser tóxicos para o camarão Litopenaeus vannamei, além de serem capazes de transformar amônia em biomassa bacteriana que servirá como fonte proteica e lipídica para o camarão, podendo reduzir custo com ração. Com aumento da densidade no sistema de criação faz-se necessário aumentar a resistência bioquímica do animal criado, para tanto este trabalho apresenta em três capítulos meios de suplementação com antioxidante ácido lipóico (AL) que auxilia na resposta bioquímica antioxidante como mecanismo de melhorar o bem estar do camarão Litopenaeus vannamei. Primeiramente, através de análises bioquímicas como atividade da glutationa S-transferase (GST), concentração de glutationa reduzida (GSH), capacidade antioxidante total contra radicais peroxil (ACAP) e níveis de peroxidação lipídica (TBARS) em brânquias, hepatopâncreas e músculo de camarão, observando-se que o biofloco induz aumento da atividade da GST em brânquias, aumento da concentração de GSH em músculo, aumenta a capacidade antioxidante total em músculo e reduz níveis de peroxidação lipídica em hepatopâncreas. O segundo trabalho, aplicou-se ácido lipóico nanoencapsulado (NCLA) e cápsula vazia (NC) na ração, em água clara e em água com biofloco no qual foi observado que NCLA induzida aumento da atividade de GST nos hepatopâncreas. A concentração de GSH foi maior no músculo do que em brânquias e hepatopâncreas. A capacidade antioxidante também mostrou um padrão tecido-específico, tendo hepatopâncreas com maior capacidade antioxidante nenhuma ação evidente do desempenho do NCLA contra os radicais peroxil. Níveis de peroxidação lipídica foram menores no músculo, com acentuado efeito do NCLA. Nos grupos com NCLA houve um aumento na porcentagem de hemócitos granulares, células com maiores quantidades de componentes imunocompetentes. No trabalho 3, foi observado que o AL é capaz de aumentar a capacidade antioxidante no biofloco, analisado através da determinação da capacidade antioxidante total contra radicais peroxil (ACAP), principalmente para concentração de 10 μM (2.06 mg de AL in 1 L de água destilada).

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