Nathalia Byrro Gauthier (2020) Evaluación de las técnicas de inducción del desove del marisco blanco Amarilladesma mactroides (Reeve, 1854)

Evaluación de las técnicas de inducción del desove del marisco blanco Amarilladesma mactroides (Reeve, 1854)

Autor: Nathalia Byrro Gauthier (Currículo Lattes)
Tutor: Dr Ronaldo Cavalli

Resumen

O marisco branco é um bivalve marinho distribuído nas praias atlânticas do sul da América do Sul cuja população vem sendo impactada nas últimas décadas pela sobrepesca, por eventos de mortalidade maciça, fenômenos climáticos e pela ação antropogênica. Uma possível solução para este problema seria a produção de juvenis em cativeiro. Portanto, há a necessidade do estabelecimento de um protocolo de manutenção e maturação gonadal dos mariscos em cativeiro. Desse modo, esta dissertação avaliou métodos não-invasivos de indução à desova do marisco branco. Indivíduos com mais de 50 mm de comprimento foram coletados nas praias de Rio Grande e São José do Norte, RS, selecionados e medidos (comprimento, altura e peso). Uma série de experimentos de indução à desova com ou sem condicionamento em laboratório foi realizada. Nos experimentos com condicionamento (denominados experimentos I, II e III), os mariscos foram submetidos a indução à desova através apenas da manipulação de temperatura com tempo de exposição de 60 a 120 min. Nos experimentos sem condicionamento (IV, V e VI), os mariscos foram mantidos no laboratório por 45 min e posteriormente expostos à diferentes tratamentos (manipulação de temperatura e/ou associada adição de extrato de espermatozoides, salinidade 35, pH alcalino, adição de peróxido de hidrogênio) por períodos de 60 a 210 min. Havendo desova, a quantidade de ovócitos, zigotos e larvas foram estimadas. Em cada experimento, o estágio das gônadas, o tamanho dos ovócitos e a sobrevivência foram avaliadas. Os dados foram testados quanto as premissas necessárias para o uso da análise de variância e, quando não atendiam essas premissas, eram transformados. As análises foram efetuadas ao nível de significância de 0,05. Não houveram desovas nos experimentos com condicionamento. A histologia indicou que os mariscos desses experimentos não estavam maduros, mas os diâmetros dos ovócitos do experimento II aumentaram significativamente após o condicionamento. Nos experimentos sem condicionamento também foram detectadas diferenças significativas nas dimensões dos ovócitos. Os mariscos do experimento IV estavam mais maduros que os dos experimentos V e VI. Por outro lado, houveram desovas nos experimentos IV, V e VI e houve diferenças nas dimensões dos ovócitos, indicando que os mariscos do experimento IV se encontravam mais maduros que os do experimento V e VI. No entanto, apenas no experimento IV e V foram observadas a presença de larvas D. A sobrevivência dos reprodutores nos experimentos I, II, e III foram superiores a 70% e nos experimentos IV, V e VI foram superiores a 80%, exceto no experimento VI nos tratamentos envolvendo peróxido de hidrogênio. Esses resultados demostram que houve um aumento nos ovócitos dos mariscos dos experimentos II condicionados em laboratório, mas a duração não foi suficiente para total maturação dos gametas. Nos experimentos sem condicionamento, a desova pode ter ocorrido devido a presença de ovócitos e espermatozoides maduros livres no lúmen. Mais estudos são necessários para avaliar isoladamente os fatores que promoveram a indução e devido a maioria das desovas terem sido observadas após o overnight, é necessário avaliar também a influência do fotoperíodo.

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