William Bauer (2011) Substituição da farinha de peixes por concentrado protéico de soja e farinha de flocos microbianos em rações para Litopenaeus vannamei

Substituição da farinha de peixes por concentrado protéico de soja e farinha de flocos microbianos em rações para Litopenaeus vannamei

Autor: William Bauer (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Luis Henrique da Silva Poersch
Co-orientador: Dr Marcelo Borges Tesser

Resumo

Como resultado da estagnação das pescarias industriais, a aquacultura surge como uma alternativa ao setor pesqueiro. Porém, a alta dependência da farinha de peixe utilizada como principal fonte protéica nas rações de muitas espécies na aquacultura, mostra que a pressão sobre os estoques de pequenos peixes pelágicos continua alta. Além disso, a produção de farinha de peixe se mantém estabilizada nas últimas décadas, com os preços variando de acordo com a oferta e procura. Assim, muitos esforços têm sido direcionados na busca por ingredientes protéicos alternativos mais baratos e mais disponíveis para o uso em rações, como é o caso dos produtos de base vegetal e dos subprodutos da pecuária e da avicultura. O farelo de soja oferece uma fonte econômica e nutricionalmente viável de proteína, porém fatores antinutricionais, baixa palatabilidade e deficiência de aminoácidos e ácidos graxos essenciais podem limitar sua utilização em rações para L. vannamei. Por outro lado, o concentrado protéico de soja (CPS) apresenta características superiores ao farelo, como razoável perfil de aminoácidos, altos valores protéicos, energéticos e de digestibilidade. Porém, a utilização desses ingredientes depende em grande parte do requerimento nutricional da espécie, dos preços relativos à farinha de peixe e de regulamentações ambientais dos sistemas de produção. Outro ingrediente que vem obtendo sucesso como substituto da farinha de peixe em rações para L. vannamei são os flocos microbianos formados em ambientes de criação super-intensiva de peixes e camarões. Além de possuir inúmeras vantagens do ponto de vista nutricional, traz também benefícios ambientais com a reutilização dos efluentes. A aquacultura apenas poderá exercer seu papel na contribuição para a demanda mundial de proteína se reduzir a utilização de peixes na alimentação e adotar práticas de manejo mais ecológicas.

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